quinta-feira, 22 de junho de 2017

Capítulo 51- "Vou passar dois meses em Brasília "

João: Helena, tu tá se ouvindo? Dar um tempo? Não existe isso de tempo, ou a gente tá junto ou não tá
Helena: Então, acho que é melhor a gente não tá juntos, João
João: A gente tava bem até ontem, Helena, pelo amor de Deus, terminar por uma bobagem, não faz isso- tentou segurar meu rosto, mas eu impedi e afastei as mãos dele de mim
Helena: Bem, João? Nunca estivemos bem, porque ontem tu deixou bem claras as razões pra tá comigo e eu não quero isso pra mim, não quero ter ao meu lado uma pessoa que esteja comigo por obrigação
João: Eu falei de cabeça quente, tava estressado com ciúmes- respirou fundo- não é verdade o que disse, tô contigo porque eu te amo, caramba, será que tu me desconhece tanto que não consegue perceber o que eu sinto?
Helena: Pode ter certeza que ontem eu comprovei que, realmente, te desconheço, anos de convivência e eu não te conheço, João, não sei nada de tu- encolhi os ombros, ele começou á chorar ali, na minha frente, ok, não precisava fazer isso
João: Então a tua decisão final é essa, quer terminar? Vai jogar o que a gente sente pro alto, jogar nossa parceria fora, esquecer os planos que a gente tinha, as promessas que fizemos de permanecer sempre juntos
Helena: Não é porque a gente não vai namorar que eu vou me afastar de tu, só não dá pra gente levar adiante um relacionamento que sabemos que vai machucar nós dois
João: Me machucar mais que isso? Impossível, Helena!- finalmente, tive coragem pra encará-lo totalmente, os olhinhos vermelhos de choro, as lagrimas rolando pelo rosto, partiu meu coração, mas eu precisava me manter firme
Helena: A gente vai ficar bem, um dia tu vai entender que foi melhor assim, João, te juro
João: Chega, Helena! Não me promete mais nada, não jura mais nada, chega de fazer promessas que tu não vai cumprir, ok? Quer terminar? A gente termina, mais não pense que eu vou ser frio e calculista á ponto de agir como se nada tivesse acontecido, eu não tenho e nem quero ter maturidade pra agir assim, pra reprimir meus sentimentos, eu gosto de sentir, de amar e dar amor
Helena: Tás louco? Eu não sou fria e muito menos calculista, tô sendo realista o que é completamente diferente- pronto, meus olhos marejaram, não deu pra segurar mais
João: Sinceramente? Não me interessa mais, não quero saber, pra mim já deu, Helena, não fala mais nada, já que tudo o que tu faz é melhor pra nós dois- passou as duas mãos, com força, no próprio rosto, enxugando suas lagrimas e abriu a porta do carro
Helena: Pra onde tu vai? Eu te levo em casa, João, deixa de ser infantil, pelo amor de Deus- também me irritei com ele
João: A gente vai mesmo falar sobre infantilidade? Olhe que a minha lista de exemplos é enorme- revirei os olhos- Se preocupe comigo não, eu pego um táxi e vou pra casa!- saiu do carro e fechou a porta com força
Helena: Garoto bruto e idiota, ainda por cima parece que não tem geladeira em casa, credo- falei comigo mesma, observei o João cumprimentando algumas pessoas que o abordaram e ele logo desapareceu do meu campo de visão. Juro á vocês que pensei em ir atrás dele, mais quer saber? Ele quis ir sozinho, eu não vou insistir, João já é adulto, sabe se virar, pus o cinto e dei partida rumo á casa dele, não demorei muito pra chegar, estacionei o carro, desci do mesmo, ativei o alarme e fui logo entrando, o número de pessoas havia diminuído consideravelmente
Monise: Filha, ainda bem que chegasse, Renata tava esperando tu e João chegar- veio ao meu encontro- cadê ele?
Helena: João não veio comigo, disse que ia voltar taxi- dei ombros
Monise: O que foi que aconteceu, Helena?- a seriedade tomou conta do olhar de minha mãe
Helena: Aconteceu que nós dois terminamos e ele não quis voltar pra casa comigo, mainha, foi só isso
Monise: Terminaram? Como assim? Helena, minha filha, vocês se amam!
Helena: Mainha, depois a gente conversa sobre isso, aqui não é hora e nem lugar- olhei em volta, porque não queria que ninguém escutasse, queria conversar com tia Renata primeiro
Monise: Tá bom, meu amor- fez carinho em meu rosto- só me responde uma coisa- assenti- tu tás bem? Tens certeza que é isso que tu quer?
Helena: Bem eu não tô, mainha, mas vou ficar e tenho certeza que é isso que vai ser o melhor pra nós dois, visse?- pisquei pra mesma e ganhei um beijo na bochecha- agora, vou procurar tia Renata pra poder conversar com ela- assentiu, me afastei da minha mãe e entrei na parte interna da casa
Manu: Até que enfim tu desse as caras, né? A gente tava te procurando- ri fraco
Helena: Olhe, juro que depois eu volto e fico aqui com vocês, só que agora eu preciso conversar com tia Renata, viram ela por aí?- fiz careta
Guta: Subiu com Miguel, Leninha, deve tá no quartinho dele- assenti, joguei beijo pra elas, subi as escadas, fui pro quarto de Miguel, a porta estava entreaberta, então dei duas batidinhas, tia Renata virou de costas e sorriu ao me avistar
Helena: Posso entrar?
Renata: Pode sim, meu anjo, entre aí que tô aqui trocando esse gordinho- eu ri, entrei, depositei um beijo na cabeça dela, sentei-me na cama e fiz carinho na barriguinha de Miguel- tava procurando por mim ou por Mig?
Helena: Quero falar com a senhora mesmo
Renata: Pode falar, sabe que eu vou tá sempre aqui pra te ouvir, o que é que tá te deixando com essa carinha tão aflita?
Helena: Tá dando pra perceber é?- fiz careta e ela assentiu- Desde já, só quero que a senhora me perdoe, tia, é que eu não dei conta- não consegui segurar minhas lágrimas- eu terminei com o João
Renata: E porque tás me pedindo perdão, filha? Se tu tens convicção que é o melhor pra tu, fico grata que tenha sido honesta consigo mesma e com meu filho, no inicio não vai ser fácil pra ele, assim como sei que não vai ser pra tu, só que Deus sempre dá um jeitinho da gente recomeçar, da gente seguir em frente, não vai ser diferente com vocês dois, tenho certeza
Helena: João tem muita sorte de te ter como mãe, visse?- ela riu- Cuide bem dele, faz o que eu não consegui fazer, por favor
Renata: Meu amor, tu cuidasse de João tua vida inteira, desde que vocês se conheceram, desde muito tempo tu sempre foi como uma referencia pra ele, alguém que ele sempre viu como apoio e base forte, acho que por isso o amor de vocês dois é tão intenso assim- pegou Miguel no colo- eu vou sempre cuidar dele, como sempre fiz, mas só conheço uma pessoa que pode cuidar do coração dele, entende?
Helena: Ele vai encontrar alguém melhor que eu, tia, pena que eu posso falar que vou encontrar alguém melhor que ele, porque acho que esse ser humano nem existe, mas sei que ele pode ter algo melhor, ele merece
Renata: Eu não vou te julgar por estar desistindo, sei que ontem o meu filho te magoou demais- arqueei as sobrancelhas, como ela sabe? Acho que ela entendeu e respondeu minha pergunta- Pedro me contou tudo- respirou fundo- só não deixe que uma mágoa seja capaz de acabar com uma história de amor, visse? Pense bem, meu anjo, felicidade não costuma bater na nossa porta mais de uma vez
Helena: Tia, eu te amo tanto, são tanta grata á Deus por ter tu em minha vida- levantei da cama e dei um abraço apertado nela, até Miguel puxar meu cabelo, nós duas sorrimos- calma, gordinho, já vou largar tua mainha- soltei tia Renata e enxuguei minhas lagrimas- brigada por tudo, tia!
Renata: Tua felicidade é um presente pra mim, portanto, seja feliz sempre, filha- piscou pra mim e sorriu logo em seguida- Bora descer?- assenti- João não veio contigo, né?- fizemos careta- sabia, conheço aquele meu gadinho ali- rimos. Saímos do quarto de Miguel e descemos as escadas, tia Renata foi pro jardim com o gordinho, eu fiquei na sala com as meninas
Helena: Pronto, lindinhas, agora sou toda de vocês- ri e sentei no sofá entre Letícia e Larinha
Guta: Finalmente, né querida? Conta tudo pra gente
Helena: Contar o quê, Maria Augusta?- ela revirou os olhos
Manu: Conte a historinha da Branca de Neve, deve ser interessante- falou irônica e eu gargalhei- a gente quer saber de tu e João, como foi lá?
Helena: É o seguinte, não existe mais Helena e João, porque nós dois terminamos- falei de uma vez
Letícia: Como é que é? Pode ir parando de brincadeira sem graça, Helena
Camilla: Brincadeira sem graça mesmo, visse? Isso não é coisa que se faça, Helena, Deus me livre
Helena: Miguinhas lindas, não é brincadeira, eu tô falando sério, nós dois terminamos- fechei a boca e o João passou pela sala, como um furacão, subiu as escadas correndo, em seguida escutamos a pancada da porta do quarto dele sendo batida, até me assustei
Guta: Acho que agora João tirou todas as nossas duvidas- encolheu os ombros
Lara: Eu não acredito que vocês fizeram isso, pelo amor de Deus, vocês se amam, gente
Letícia: Helena, minha vontade é dar uns tapas nessa tua cara, menina, sério mesmo
Helena: Eu só quero mais atrapalhar a vida de João e foi melhor assim pra nós dois
Manu: Foi melhor mesmo, deu pra perceber pelo jeito que ele passou aqui
Helena: Meninas, eu já tô mal o suficiente, sério- fiz uma pausa pra engolir o choro- a gente pode mudar de assunto?
Letícia: Você deveria era levantar a bunda desse sofá e ir como tá o João, tá mal o suficiente? Não parece, porque se tivesse não tinha terminado com ele
Lara: Pelo menos vai lá ver se ele tá bem, Leninha, ele tava passando mal mais cedo, amiga- assenti e levantei do sofá- boa sorte!- jogou beijo pra mim, eu subi as escadas e bati na porta do quarto de João
João: Tá aberta, pode entrar- abri a porta, entrei e fechei a mesma- que foi?- ele tava deitado, encostado na cabeceira da cama, me aproximei, mas permaneci em pé
Helena: Vim saber se tu tá melhor, tava mal da enxaqueca mais cedo- cocei a nuca, que merda eu tô fazendo aqui?
João: Eu tô ótimo, tás vendo?- falou irônico e eu respirei fundo, ele não tem culpa, eu que provoquei- foi bom tu ter vindo, me poupou de ir atrás pra te entregar uma coisa- olhei surpresa pra ele- pode ficar com isso e fazer o que quiser, ou melhor, joga no lixo, assim como tu tá fazendo com a gente- tirou a aliança e jogou em mim- agora, pode me deixar sozinho!- abaixei-me, peguei a aliança do chão, levantei e saí do quarto, desci as escadas, as meninas ficaram me encarando, não tive nem forças pra sentar no sofá
Guta: E aí?
Helena: Ele jogou a aliança em mim, mandou eu jogar no lixo, tá bom pra vocês ou eu preciso ir me humilhar mais ainda?- mostrei a aliança pra elas e saí dali, fui procurar minha mãe, graças á Deus não demorei muito pra encontra-la- Tô indo pra casa, visse?
Monise: Menina, como assim? O combinado foi a gente passar o dia aqui hoje, ficar até o horário do resultado, fique com a gente
Helena: Mainha, pelo amor de Deus, entende que eu não consigo e me deixa ir pra casa, por favor- ela assentiu- Não precisa se preocupar comigo, tá? Eu vou ficar bem!- me despedi da minha mãe e saí de fininho, sem falar com ninguém, não tava muito afim de dar explicações. Não demorei muito pra chegar em casa, parei meu carro na garagem, desci do mesmo, peguei minha bolsa, ativei o alarme, entrei em casa, coloquei a chave do carro encima do criado, fui pro meu quarto, joguei a bolsa encima da cama, entrei no banheiro, tomei um banho demorado, fui no closet, vesti um pijama fresquinho, voltei pro quarto, peguei meu celular e a aliança que estavam dentro da bolsa, coloquei-a encima da poltrona e deitei na cama, fiquei encarando a aliança por alguns instantes, depois deixei-a de lado, desbloqueei a tela do celular, respondi algumas mensagens no whatsapp e vi que a Manu havia me marcado em uma foto no instagram


manudardenne Nosso domingo azul de amor   @peedrocampos @gustavofqmonteiro @helena_monteiro @joaocamposoficial @rodolfoloepert
@helena_monteiro Esse amor é azul como o mar azul 

Saí do instagram e vi havia uma mensagem do Tony no whatsapp, pedindo que eu o chamasse no FaceTime assim que desse, minha curiosidade foi maior que tudo, então disquei logo o número dele, no terceiro toque ele aceitou a chamada
-FaceTime on-
Helena: Oi, Tony- ri e dei um tchauzinho, ele também- fiquei curiosa quando tu pediu pra te chamar, que foi?
Tony: Continua direta como sempre, essa menina- dei ombros- você tá bem?
Helena: Com uma perna á menos, mas tá dando pra sobreviver, tô bem sim e tu?
Tony: Tô bem, ainda estamos no recuperando do susto e da perca, mais estamos seguindo
Helena: Não temos escolhe, né Tony? O jeito é seguir mesmo e tenho certeza que era isso que Eduardo queria da gente!
Tony: Olha, tô aqui com Douglas- virou o celular pro Douglas e o mesmo jogou um beijo pra mim, eu retribuí, obvio- a gente tem um convite pra fazer
Helena: Convite é? Pode falar
Douglas: Eu vou falar logo sem rodeios, tá?- tomou o celular da mão do Tony e eu assenti sorrindo- estamos precisando de alguém como você pra nos ajudar aqui em Brasília, precisamos reestruturar a base da nossa juventude, depois do ocorrido nossa juventude ficou um pouco desassistida, estamos precisando de você aqui- confesso que me surpreendi com esse convite
Helena: Dois meses é o suficiente? Porque em janeiro eu tomo posse no secretariado de Paulo
Tony: Acho que em dois meses a gente consegue fazer um bom trabalho, o fato é que ter você aqui ia nos ajudar muito
Douglas: Até porque vamos ter que reforçar a juventude de oposição, Aécio não ganha essas eleições, vamos continuar com o PT no governo
Helena: Meninos, é claro que eu aceito, vai ser ótimo pra mim, mais experiência e aprendizado- eles riram- amanhã vou comunicar pros meus pais, no máximo semana que vem eu chego aí, só preciso me organizar, me despedir do pessoal, tá? Mas contem comigo!
Tony: Sabia que tu não ia deixar a gente na mão, Helena, tu é cria de Eduardo mesmo- rimos- Vamos providenciar um apartamento perto da nossa sede, pode ser?
Helena: Num já tem o apartamento de vocês?- assentiram- então, só arrumem um quartinho pra mim aí, eu fico com vocês, meninos
Douglas: Acho ótimo, é bom que coloca ordem no Tony- ele revirou os olhos
Helena: Eu vou colocar ordem é nos dois, isso sim!
Tony: Pode deixar que nós vamos organizar um quarto bem legalzinho pra tu- ri. Conversei por quase duas horas com essas duas criaturinhas que eu gosto tanto, até o Tony encerrar a chamada
-FaceTime off-
[...]
29 de outubro de 2014, Recife, Pernambuco
Hoje é o aniversario de Pedro e minha despedida já que amanhã cedinho eu embarco rumo á Brasília onde vou passar os próximos dois meses. Acordei cedinho, fiz caminhada, fisioterapia e agora, quase uma da tarde, tô pronta pra ir almoçar na casa de tia Renata, preciso dar um abraço bem apertado no meu amigo e me despedir de todos eles, afinal, serão dois meses sem nos encontrarmos, vou morrer de saudade, principalmente do gordinho. Ah, vale lembrar que é a primeira vez que vou encontrar com o João depois que nós terminamos, mais pelo que me contam ele tá super mal, sem animo pra nada. Enfim, enquanto meus pais não terminam de se arrumar, aproveitei pra postar algo pro Pedro no instagram

helena_monteiro Guta que me perdoe, mas vou começar dizendo que estranho seria se eu não apaixonasse por tu, visse?
O Pedro é daquelas pessoas que faz nossas vidas transbordar de amor, ele é luz, espalha luz e tem um dos sorrisos mais encantadores que eu conheço. Pedro é Pedro e em todo lugar que ele for vai existir amor, porque ele é amor, positividade e alegria.
Pedro é sorriso e eu sou sorte, sorte de tê-lo em minha vida, sorte de ser irmã, amiga, prima, sorte de ser amada por ele e ser agraciada com esse sorriso todos os dias.
Eu te desejo uma constelação de coisas boas: paz, saúde, amor, felicidade, sucesso e ainda mais luz. Que Papai do céu e nossos anjos continuem abençoando tua vida. Quero ter o prazer de comemorar juntinha de tu todos os outros anos que ainda virão pela frente, sempre vibrando amor e paz.
Já, já chego aí pra te dar um abraço bem apertado.
Feliz novo ano, Pepo. Eu te amo!   @peedrocampos
@peedrocampos Tu é um presente de Deus pra mim, só pode ser isso. Eu que sou completamente gratidão por poder te ter em minha vida, Helena. Brigado por tudo, tu é luz no caminho de muita gente. Te amo muito e tô esperando o abraço, aquele que só tu sabe dar! 

Saí do instagram e finalmente fomos pra casa de tia Renata.
[...]
O almoço foi maravilhoso, ao contrario do que eu esperava, não encontrei com o João, porque ele não fez a menor questão de almoçar conosco. Me despedi de todos eles ali mesmo e vim direto pro aeroporto, é hora de enfrentar mais um desafio. Optei por vir sozinha, não queria nenhum choro por aqui, afinal, tô feliz com o inicio dessa minha nova, tenho certeza que Brasília vai me fazer um bem danado. Anunciaram a liberação do meu embarque, eu entrei logo no avião, sentei-me na minha poltrona, peguei o celular, avisei á minha mãe e aproveitei pra postar uma foto que Deinha havia me enviado

helena_monteiro Vou morrer de saudade dos milhões de sorrisos que encontro todos os dias aqui em Recife, mas a falta que o sorriso dele vai me fazer não tem comparação. Eu te amo, gordinho, me espera que eu volto logo! 
Xxxx: Será que você poderia me dar licença? Minha poltrona é a da janela- opa, essa voz eu conheço. Ergui o olhar e não acreditei
Helena: Tás fazendo o quê aqui?
João: Vou passar dois meses em Brasília e tu?- eu ri, não é possível
Helena: Dois meses em Brasília também- dei ombros e levantei pra ele passar
João: A gente é sem jeito mesmo, né? Por mais que tente, parece que o destino não gosta de nos ver afastados- sorriu pra mim e eu confesso que já tava morrendo de saudade desse sorriso, puta que pariu.



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